Não sei exatamente o que sinto.

 Me diga o que você tem que me deixa assim, tão vidrada. O modo que eu fico quando te vejo, e como tento não olhar para você mesmo morrendo de vontade. Eu fico a um passo de ter um ataque cardíaco quando estamos próximos, e pareço desaprender a andar quando preciso passar perto de você. Meu corpo fica rígido e meu coração dispara. Controlo meu corpo, porque ele quer ir de encontro ao seu.

 A vontade que eu tenho de tocar seu rosto, passar a mão pela sua pele fina e por seu cabelo que aparenta ser macio. Admito que amo quando você olha para mim e desvia depois. E, mesmo envergonhada, amo quando você fica me olhando quando meus olhos estão sobre outra coisa, mas ainda posso ver de canto que é em mim que sua atenção está. Amo seu jeito de andar: rápido e tímido, mas confiante. Amo sua voz sem nunca tê-la ouvido. Amo seu cheiro mesmo nunca tê-lo sentido. Amo como seu cabelo escuro escapa pelo boné que sempre cobre o topo de sua cabeça. Amo seu rosto, que não é perfeito, mas é lindo. Suas bochechas gordinhas e sua boca carnuda. Seus olhos claros e miúdos. Sua mão pequena. 

 Não sei exatamente o que sinto, mas adoro o jeito que você me faz ficar. Sou boba por isso. Eu nem te conheço, mas queria tanto… Nem sei seu nome, mas queria saber. O que eu sei é que você deve ser incrível. Seu jeito de menino, todo tímido. Você não imagina o quão lindo fica quando encara o nada. E quando dá risada. É tão perfeito seu sorriso, destine um deles para mim…